quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Aeronautas e aeroviários não chegam a acordo com aéreas

O Estado de S.Paulo
23 de novembro de 2011 | 19h 11
Aeronautas e aeroviários não chegam a acordo com aéreas
GLAUBER GONÇALVES - Agencia Estado

RIO DE JANEIRO - Acabou hoje sem consenso mais uma reunião entre representantes dos aeronautas e dos aeroviários e os negociadores das companhias aéreas para discutir o reajuste das duas categorias. As empresas aceitaram aumentar os pisos com base na variação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre dezembro de 2010 e novembro deste ano, mas continuam oferecendo um reajuste de 3% para todos os trabalhadores. As categorias pedem 13%.

"A reunião foi frustrante porque as empresas aéreas mantiveram a mesma proposta (de reajuste) e fizeram um movimento muito tímido nos pisos", disse Celso Klafke, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo ele, a partir de amanhã, os sindicatos convocarão assembleias, nas quais será discutida a possibilidade de redução do porcentual pedido às empresas.

"A ideia é levar para as assembleias a proposta de diminuir. Ainda estamos nessa discussão", afirmou Klafke. A próxima reunião entre sindicalistas e os representantes das companhias aéreas está agendada para o dia 30 de novembro. A data-base das categorias é 1º de dezembro.
As negociações de hoje na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) foram realizadas sem a presença de sindicatos dos trabalhadores filiados à Força Sindical, depois de um racha ocorrido ontem. Os representantes dos sindicatos dissidentes se reuniram com integrantes do Snea em um encontro à parte.



VAMOS COMPARECER EM PESO. E DIZER NÃO A REDUÇÃO DO PERCENTUAL.

Assembleia da campanha salarial no dia 28



Sindicato Nacional dos Aeronautas
Boletim Eletrônico

Assembleia da campanha salarial no dia 28

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) convoca os aeronautas de todo o país para a Assembleia Geral Extraordinária da campanha salarial 2011, que será realizada na próxima segunda-feira (28/11), às 14 horas (em primeira chamada) e às 14h30min (em segunda e última chamada), na sede, subsede e representações da entidade.

O objetivo é deliberar sobre a proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e as ações dos trabalhadores na campanha. A participação da categoria é fundamental! A direção do SNA conta com a presença de todos(as)!

Assembleia Geral da Campanha Salarial
Dia 28/11 - Segunda-feira
14 horas

Locais:

  • Rio de Janeiro - RJ: Av. Franklin Roosevelt, 194 - 8º andar - Castelo

  • São Paulo - SP: Av. Washington Luiz, 6817, sala 101 - Congonhas

  • Brasília - DF: SRTVS, Qd. 701, conj. E, bloco 24, sala 102 - Ed. Palácio da Rádio II

  • Belém - PA: Av. Senador Lemos, 4680 - salas 2 e 3 - Sacramento

SNEA radicaliza e mantém proposta de 3% sobre as cláusulas financeiras

Único avanço da entidade patronal foi o piso, com proposta de aumento igual à inflação

A quinta rodada de negociação com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), realizada nesta quarta-feira (23/11), no Rio de Janeiro, avançou muito pouco as discussões com os sindicatos de aeronautas e aeroviários.

O sindicato patronal manteve sua proposta de reajuste salarial de 3%, mas admitiu dar um reajuste igual à inflação medida pelo INPC nos pisos. Os patrões não aceitam discutir a criação do piso de operador, reivindicado pelos aeroviários, ou qualquer outra proposta apresentada pelos trabalhadores que implique na criação de novos itens na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, a posição das empresas continua distante da pauta das categorias e não mudou quase nada em relação à reunião anterior.

Os sindicatos de aeroviários e aeronautas realizarão assembleias, nos próximos dias, para avaliar as negociações com o SNEA e deliberar sobre a posição dos trabalhadores para a próxima rodada de negociações, que ocorre no dia 30.

O economista Cláudio Toledo, assessor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, durante a reunião, rebateu as informações repassadas pelo negociador do SNEA em relação à situação econômica ruim das empresas. Ele lembrou as informações contidas nos relatórios de administração das companhias aéreas, onde a Gol, por exemplo, anuncia que tem expectativa de lucro de 500 milhões no quarto trimestre de 2012. O economista também ressaltou que o presidente da TAM, Líbano Barroso, afirmou em reportagem ao Jornal O Globo que o prejuízo apresentado no balanço do terceiro trimestre de 2011 era apenas contábil, pois o resultado apresentado foi negativo apenas em função da valorização do dólar diante do real, o que impactou as dívidas internacionais da companhia. Todavia, conforme afirmou Barroso, a situação de caixa da TAM é confortável, visto que esses débitos têm vencimentos a longo prazo.

A proposta de 3% de reajuste do SNEA não chega sequer à metade da inflação projetada para 2011, lembram os sindicalistas.

ATO NO RIO - Cerca de 200 aeroviários e aeronautas realizaram ato na manhã desta quarta-feira (23/11), no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para divulgar a campanha salarial unificada. A manifestação teve início às 8 horas e seguiu até o meio-dia.

TÁXI AÉREO - Em reunião com os representantes dos trabalhadores, nesta quarta-feira (23/11) pela manhã, o Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo (SNETA) apresentou uma nova proposta aos aeroviários e aeronautas. As empresas propõem agora um índice de aumento de 5% sobre os salários, diárias e seguro de vida; de 6% sobre os pisos; e de 3% sobre a acomodação individual e a cesta básica. O sindicato patronal disse ainda estar avaliando as reivindicações dos trabalhadores nas cláusulas sociais da CCT. Os representantes das categorias avaliaram a proposta como muito aquém das possibilidades das empresas de Táxi Aéreo e reafirmaram a pauta dos trabalhadores, cujos indíces defendidos correspondem a 13% sobre os salários e 20% sobre os pisos.

Fotos: Cláudia Fonseca/Sindicato Nacional dos Aeroviários

 

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Aerolínea de Brasil se instalará en RD - Listín Diario Digital

Aerolínea de Brasil se instalará en RD - Listín Diario Digital

La aerolínea Gol de Brasil, una de las más importantes de esa nación sudamericana, tiene previsto instalarse en el país a partir de marzo del próximo año.

La información la ofreció el director del Instituto Dominicano de la Aviación Civil (IDAC), Alejandro Herrera, quien apuntó que esto permitirá que nuestro país se convierta en un centro de vínculo entre Sudamérica y el resto del mundo.

Sostuvo que este acuerdo tendrá un gran impacto tanto en el orden económico como en el sentido de visibilidad y movilidad de la República Dominicana.

Explicó que esta empresa realizará unos 200 vuelos semanales, representando cerca de 780 empleos directos y 2,500 indirectos. Agregó que el flujo de pasajeros a través de la Gol será de 2.1 millones anuales y podrá cargar 75 mil toneladas por año.

Consideró que la importancia de la instalación de esa aerolínea en República Dominicana radica en que convertirá al país en conexión de Sudamérica con Norteamérica y Europa. Además, dijo que atraerá un mayor flujo de turismo brasileño y de otros destinos de Sudamérica a nuestra nación.

Por otro lado, agregó que la instalación de la aerolínea permitirá acuerdos locales para abrir nuevas rutas desde la República Dominicana.

Al finalizar este mes, sostuvo Herrera, visitará Brasil para continuar la negociación.

Dijo que en cambio, la empresa designó un vicepresidente de operaciones en el país, que incluso está recibiendo instrucciones en español.

"Ellos harán todas las rutas, menos Panamá", dijo el director del IDAC durante el Desayuno de LISTÍN DIARIO.

En el encuentro estuvo acompañado del cuerpo ejecutivo del IDAC y la representación de este diario estuvo encabezada por su director y el subdirector, Miguel Franjul y Fabio Cabral, respectivamente.

"Ellos van a hacer una Gol Dominicana, o sea van a convertirse en una aerolínea con registro nacional, con el objetivo de poder explotar la ruta", agregó Herrera.

Consideró que para esto se tomó en cuenta la virginidad del país y su ubicación geoestratégica, con acceso al espacio aéreo de los Estados Unidos. "Estos son los frutos de esa categoría uno, que retomamos después de casi 15 años de haberla perdido, lo cual fue gracias a la gestión que hizo la dirección del IDAC y el liderazgo y el coraje que tuvo un director como Norge Botello", agregó.

Reveló que a menudo recibe en sus despachos solicitudes de empresas interesadas en instalarse en el país.

Pero en el caso de Gol, agregó, ya han tenido dos reuniones de trabajo e incluso le presentaron su plan de operaciones. Refirió que en este sentido la Junta de Aviación Civil juega un papel fundamental, porque es la encargada de autorizar las rutas. "Las bases para el desarrollo de la aeronáutica están establecidas, lo demás es un problema del mercado", agregó, tras precisar que será el movimiento económico el que estimulará la aviación.

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CASO AVIÓN ROBADO EN PROCESO DIPLOMÁTICO

El director del IDAC informó que aún no se tiene fecha para que el Gobierno de Venezuela devuelva el avión robado en el aeropuerto dominicano Joaquín Balaguer.

Explicó que tanto las autoridades de ese país como la agencia antidrogas de los Estados Unidos (DEA), tienen una investigación abierta sobre el caso y dependerá mucho de su avance para que esto se produzca.

Consideró que este hecho no afectará el buen desenvolvimiento del sector, aunque reconoce que hubo debilidades que deben ser corregidas.

"Llegamos muy temprano al Higu¨ero. examinamos el proceder e inmediatamente pusimos en claro que una vez cerrado el aeropuerto a las doce de la noche, en término operacional, nosotros no teníamos más que contribuir y ayudar a los demás organismos responsables", agregó.

Destacó que el caso fue resuelto en menos de 48 horas.



Sent by Wallace Belo

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Globo
17/11/11 - 0h13
Funcionários de aéreas ameaçam fazer greve em dezembro
Trabalhadores reivindicam 13% de aumento salarial; empresas oferecem 3%
Wagner Gomes

SÃO PAULO. Os funcionários das companhias aéreas e dos aeroportos ameaçam entrar em greve a partir do mês que vem, perto das festas de fim de ano, em protesto contra a proposta de reajuste salarial feita pelas empresas. Ontem, aeronautas e aeroviários fizeram uma nova manifestação em São Paulo, desta vez no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Na semana passada, já haviam protestado em Congonhas. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Gelson Fochesato, o objetivo das manifestações não é atrapalhar a operação dos aeroportos nem os passageiros, mas informar as pessoas sobre a campanha salarial da categoria, que tem data-base em 1 de dezembro.

Os trabalhadores reivindicam 13% de aumento salarial — cifra que considera a inflação dos últimos 12 meses, entre 7,3% e 7,5%, mais o ganho de produtividade das empresas. Na semana passada, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea, que reúne as companhias aéreas) apresentou proposta de aumento de 3% nos salários.

A pauta de reivindicações de aeronautas e aeroviários foi entregue ao Snea em 15 de setembro. Uma nova reunião entre o sindicato patronal e os $de aeroviários e aeronautas foi marcada para a próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro. Será a quinta rodada de negociação.

A próxima manifestação deve ocorrer no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, mas ainda não há data definida. Ontem, o ato reuniu cerca de 250 pessoas. Os aeronautas percorreram os terminais de Guarulhos e fizeram manifestações em frente ao check-in da Gol e da TAM. Um dos manifestantes se fantasiou de gorila para chamar a atenção dos passageiros nas filas. Também houve a apresentação de repentistas que falaram sobre a proposta das empresas de reajuste sa$abaixo da inflação.

Participam da campanha salarial unificada a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), o Sindicato Nacional dos Aeronautas, o Sindicato Nacional dos Aeroviários, o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, o Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco e o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, ligados à CUT, além da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo (FNTTA), o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do Município do Rio de Janeiro e o Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo, ligados à Força Sindical.

Enquanto na GOl o serviço piorou, na TAM....

Aviação Brasil
16 nov, 2011 at 15:55
TAM lança serviço de bordo temático para comemorar o ano da Itália no Brasil



A TAM Linhas Aéreas iniciou nesta semana mais uma ação criativa em seu serviço de bordo. O "Festival Itália", que comemora o ano do país no Brasil, oferece massas e sobremesas italianas típicas nos voos da Super Ponte (entre São Paulo/Congonhas, Rio de Janeiro/Santos Dumont, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte/Confins), entre 11h31 e 14h. A iniciativa vai até 29 de fevereiro de 2012.

São doze tipos de massa, simples e recheadas, com grande variedade de ingredientes, como nhoque de espinafre ao molho de calabresa, rondelli de chester e mussarela ao molho concassé, penne a putanesca, conchiglione di zucca (abóbora) com molho de nozes e casarecci ao molho funghi. Dentre as mais de trinta sobremesas selecionadas pela companhia estão: caçarola italiana, tiramissu, pêra com calda de café, semifreddo de torrone e panna cotta.

O cliente tem uma opção por voo e cada variedade ficará disponível no cardápio por seis dias. O prato e a sobremesa são servidos em embalagem personalizada e, para acompanhar, há mais uma bebida no cardápio: o novo suco Del Valle Limão&Nada, oferecido em parceria com a Coca-Cola Brasil.

A ação não é válida para voos com as aeronaves Vintage, que oferecem serviço de bordo temático.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Acidentes aéreos batem recorde.

Folha de São Paulo
14/11/2011 - 21h16
Acidentes aéreos batem recorde de janeiro a outubro
DA AGÊNCIA BRASIL

O período de 1º janeiro a 31 de outubro contabiliza 128 acidentes aéreos, 17 a mais do que em todos os meses do ano passado e 14 a mais do que os ocorridos em 2009, quando o país registrou recorde de acidentes.

Segundo os dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Aeronáutica, neste ano ocorreram 106 acidentes com aviões civis e 22 com helicóptero. Do total, 25 resultaram em mortes e em 30 casos as aeronaves ficaram irrecuperáveis.

De acordo com o oficial de sobreaviso do Cenipa, major Matos, ainda não foram concluídos os relatórios sobre as causas dos acidentes. "Qualquer análise neste momento seria especulação", disse, ao explicar que a elaboração dos relatórios depende do encerramento da coleta de informações e da análise detalhada dos dados.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também publicou a relação de acidentes ocorridos neste ano. Até o dia 26 de julho, foram notificados 89 acidentes. Segundo a agência reguladora, havia, até 30 de setembro, 13,8 mil aeronaves registradas no Brasil (7,5% a mais que em dezembro no ano passado), além de 1.300 helicópteros e 1.200 aeronaves agrícolas.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

É hora de levar nossa luta para as ruas



Sindicato Nacional dos Aeronautas
Boletim Eletrônico

É hora de levar nossa luta para as ruas

A 4ª rodada de negociação com as companhias aéreas terminou sem avanços. Apesar de um longo debate, no dia 9 de novembro, as empresas mantiveram a proposta de reajuste de 3% para os salários e de 5% para os pisos.

Os sindicatos de trabalhadores reafirmaram que aeronautas e aeroviários rejeitam a proposta e não abrem mão do aumento real nos salários. As entidades também ressaltaram que continuam aguardando uma nova proposta das empresas que contemple, no mínimo, a inflação medida pelo INPC, que deve alcançar 7% até o final do ano, e aumento real dos salários, considerando a produtividade do setor.

Com o impasse criado na mesa de negociações, os trabalhadores propuseram às empresas a antecipação da próxima rodada em uma semana, no dia 16 de novembro. A proposta não foi aceita, o que demonstra que elas não têm interesse em construir uma solução rápida antes da data-base.

Assim, convidamos os aeronautas e aeroviários de todo o país para um grande ato na próxima quarta-feira (16/11), no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a partir das 11 horas, para demonstrarmos às empresas a força dos trabalhadores.

Preparem-se todos(as) para mais mobilizações e até para uma paralisação nos aeroportos a partir de 1º de dezembro, se a intransigência dos patrões continuar.

GRANDE ATO EM CUMBICA
DIA 16/11 - ÀS 11 HORAS

SNETA - A primeira rodada de negociação entre sindicatos de trabalhadores e o Sindicato das Empresas de Táxi Aéreo (SNETA) foi realizada na manhã da última quarta-feira (9/11), no Rio. O sindicato patronal fez uma contraproposta igual a do SNEA, de reajuste de 3% para os salários e de 5% para os pisos. Os sindicatos de trabalhadores também afirmaram que aeronautas e aeroviários não abrem mão da inflação mais aumento real nos salários no Táxi Aéreo.

A Diretoria

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Estado de S.Paulo
08 de novembro de 2011 | 13h 50
Funcionários da aviação em SP ameaçam fazer greve
WLADIMIR D'ANDRADE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Aeroviários e aeronautas fizeram hoje pela manhã um protesto no saguão do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, para marcar o início das mobilizações contra a resistência das empresas aéreas em atender o pedido de reajuste salarial de 13%. De acordo com os sindicatos nacionais de ambas as categorias, a manifestação de hoje não provocou nenhum transtorno aos passageiros e às operações de voo do aeroporto, mas serve de alerta para as consequências de um eventual fracasso na negociação salarial com as empresas. Se em reunião, marcada para amanhã, não houver avanço, os trabalhadores irão votar pela paralisação das atividades no início de dezembro.

Os aeroviários e aeronautas afirmam que as empresas ofereceram, em contraproposta aos 13% (com aumento real em torno de 4,5%, reajuste de 3% sobre os salários e de 5% sobre o piso. De acordo com os sindicatos, a proposta é "ridícula", já que nem ao menos repõe a inflação projetada pelos trabalhadores, de 7,3%, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). "Deixamos claro que, se não houver avanços na reunião de amanhã, há chances muito grandes de decretarmos greve no dia 1º de dezembro", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gelson Fochesato.

Segundo os sindicatos, as empresas alegam incertezas na economia mundial para recusar um reajuste maior. "A crise internacional não está atingindo o Brasil", rebate a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. Ela reclama que as companhias aéreas alegam dificuldades em repor a inflação nos salários dos funcionários, mas aumentaram as passagens aéreas em 23,4% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Elas estão voando em céu de brigadeiro", afirmou, ao citar como exemplo do bom momento do mercado aéreo brasileiro, a fusão entre a GOL e a Webjet.

Ela afirma também que os sindicatos, em caso de uma eventual greve, tomarão cuidado para que os voos com datas próximas às festas de fim de ano não sejam comprometidos, colocando os passageiros contra o movimento. "Não pretendemos fazer greve na época natalina e sim no começo de dezembro para não ter risco do passageiro ficar contra a gente", explicou. "Nós vamos apostar numa negociação, mas se nada avançar na reunião de amanhã vamos nos preparar para o confronto", completou.

O protesto de hoje reuniu cerca de 100 trabalhadores no saguão do Aeroporto de Congonhas. Os manifestantes entregaram folhetos aos passageiros. No texto eles afirmam que um reajuste de 13% para os funcionários das aéreas poderia impactar o preço das passagens em 2,6%, caso o reajuste fosse repassado pelas empresas. "Mas gordura não falta às empresas", afirmou Fochesato, lembrando o reajuste das tarifas cobradas pelas companhias em outubro. Outra manifestação será marcada para a semana que vem, desta vez no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CAMPANHA SALARIAL 2011

Diário de Pernambuco
Companhias aéreas oferecem reajuste abaixo da inflação para trabalhadores
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
04/11/2011 | 16h27

As companhias aéreas ofereceram reajuste de 3% para aeronautas (tripulação) e aeroviários (pessoal que trabalha em terra). A oferta é uma resposta à proposta original das duas categorias, que reivindicam 13% de aumento. A inflação acumulada em 12 meses até setembro, medida pelo INPC, está em 7,3%.

O reajuste de 3% foi apresentado ontem em reunião na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), no Rio, às vésperas da divulgação do resultado financeiro das aéreas referentes ao terceiro trimestre do ano. A expectativa de analistas é que os indicadores econômicos das empresas não sejam bons, refletindo a guerra tarifária e a alta nos combustíveis, o que deve tornar a negociação salarial deste ano bastante dura.

De acordo com o assessor econômico do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Cláudio Toledo, o índice é o pior já apresentado pelo sindicato patronal. "É uma provocação. Não achem que ficaremos quietos", ameaçou a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino.

A data-base do setor é em 1º de dezembro. A próxima reunião está prevista para dia 9.

Da Agência O Globo


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SNA e VRG/Gol discutem soluções para irregularidades

SNA e VRG/Gol discutem soluções para irregularidades

A direção do SNA reuniu-se, em 13 de outubro, com representantes da VRG/Gol, para reivindicar o cumprimento dos compromissos assumidos, em 2010, no Ministério Público do Trabalho de São Paulo.

 

Os dirigentes sindicais lembraram as discussões realizadas junto ao órgão e o compromisso firmado pela empresa de solucionar diversos problemas apontados pelos trabalhadores. Catorze meses após essas negociações, ainda há muitas reclamações dos aeronautas que atuam na empresa sobre questões que haviam sido acordadas no MPT/SP.

O SNA irá encaminhar à VRG/Gol uma proposta de acordo para as ações judiciais em andamento e analisar como defender os trabalhadores em relação às irregularidades para as quais a empresa negou solução.

Participaram da reunião representantes das áreas de escala, hotéis, comissários, Jurídico e Recursos Humanos.

O SNA vai convocar o grupo da ponte aérea para discutir e elaborar uma pauta de reivindicações específicas para levar à empresa em nova reunião. Veja abaixo os pontos discutidos na reunião e as respostas da companhia.

 

PROGRAMAÇÕES - O grupo de voo da VRG/Gol reclama das programações efetuadas em duas ou mais madrugadas seguidas; da utilização da tripulação, após jornada exaustiva, no mesmo dia civil; e da sua convocação para complementação de jornada. A empresa afirmou que, eventualmente, essas programações podem ocorrer, mas já há uma reorientação dentro do sistema de escala para evitar essas situações. A VRG/Gol também informou que o sistema de gerenciamento de fadiga permite ao tripulante que não se sentir em condições de voo declarar sua situação e, sem nenhum tipo de punição, ser substituído. Ainda segundo a empresa, até novembro, entrará em funcionamento um novo sistema que irá garantir uma melhor distribuição dos voos em turnos.

ESCALA CASADA - O SNA levou a reivindicação do grupo de voo de ter a condição de voar em dupla, em escala casada (que facilita a vida do aeronauta, permitindo, por exemplo, o compartilhamento do transporte), sem abrir mão da acomodação individual. A VRG/Gol alegou que a divisão dos quartos é um importante mecanismo de redução de seus custos e afirmou que não atenderá à reivindicação dos tripulantes. O SNA seguirá lutando para garantir essa demanda dos aeronautas.

ESCALA DIRIGIDA - O SNA questionou a VRG/Gol sobre a condição de escala dirigida GRU/CGH, onde os tripulantes deveriam ser escalados com prioridade nessas localidades e não estão sendo. Discutiu ainda a possibilidade de criação de novas bases. A empresa informou, sem aprofundar os detalhes, que há estudos em andamento sobre este tema. O SNA aguarda um posicionamento mais completo sobre esses assuntos por parte da empresa.

HOTÉIS - A alocação dos tripulantes em hotéis de categoria inferior ou afastados dos grandes centros é outro problema levantado pelos aeronautas. O acordo firmado entre a empresa e os hotéis para esse fim deveria garantir condições adequadas de segurança, higiene e descanso para os tripulantes, já prejudicados pela atual formatação das escalas de voo. A empresa informou que uma comissão, sob coordenação do ex-comissário Farias, acompanha a definição dos hotéis e estuda a rede de estabelecimentos no país, com o objetivo de normalizar essa situação.

REMUNERAÇÃO DAS HORAS DE VOO - A VRG/Gol afirmou que não irá honrar seu compromisso de acertar a remuneração do grupo de tripulantes que não foi contemplado no último grande acerto feito pela empresa e, portanto, não teve suas horas pagas correspondendo a 54 horas. Também não irá normalizar o pagamento das diárias de alimentação, conforme a legislação vigente. A empresa alegou problemas financeiros, gerando apreensão no Sindicato. O SNA recebeu a negativa da empresa com perplexidade e vai tomar as medidas cabíveis para garantir os direitos desses trabalhadores.

RESCISÕES - A empresa diz que estuda uma forma de dar suporte ao aeronauta que tiver necessidade de retornar a São Paulo para efetuar a homologação da rescisão de trabalho.

QUADRO DE ACESSO - A VRG/Gol irá estudar o critério de promoção por mérito dos comissários de voo, que hoje se dá pelo domínio de língua estrangeira, avaliando se podem ser considerados outros cursos na área.

E-LEARNING - O SNA reivindicou que a VRG/Gol garanta condições adequadas para os aeronautas realizarem os cursos promovidos pela empresa via e-learning (video-aula). O Sindicato ressaltou que, dá forma como estão sendo praticados, esses cursos ferem a legislação, pois não há disponibilização de tempo de trabalho para a realização dos mesmos nem meios adequados.

DOs - O SNA obteve autorização da VRG/Gol para recolocar quadros de aviso nos DOs, como garante a CCT.

BOB - Segundo a VRG/Gol, o problema de sincronização das máquinas de venda a bordo (BOB) já está resolvido. Embora o SNA tenha se colocado mais uma vez contrário às vendas a bordo, a empresa reafirmou sua posição de que a atividade faz parte de seus negócios, não devendo se sobrepor, no entanto, aos procedimentos de segurança, que são a prioridade do trabalho dos comissários.

LIMPEZA E CABEÇOTES - A VRG/Gol admitiu que não é função dos comissários retirar lixo dos bolsões, nem cruzar cintos de segurança, e que a troca eventual de cabeçotes em escalas intermediárias está sendo revista. A empresa está reanalisando o contrato com suas terceirizadas para esse fim. O SNA ressaltou que a situação configura desvio de função.

CESTA BÁSICA - A empresa informou que os valores pagos como reembolso do auxílio creche, ou Certificado de Capacidade Física (CCF), não fazem parte no cálculo do pagamento da cesta básica.